Páginas

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Silêncio

Alguns diálogos bastam para explicar alguma situação. Quando a gente é surpreendido, não por falta de aviso, mas por confiança, não se tem muito o que dizer. Na maioria das vezes o silêncio combina mais que o dialogo. Alguém sempre se machuca com palavras. Mas nunca pensamos antes, as flechas são disparadas antes do sinal. E quando acertam, machucam feio. O coração é o de menos, quando acertam o ego é pior.


“Limpa esse veneno da tua boca, não combina com você.”

“Não precisa falar assim.”

“Era isso?”

Silêncio.

“Então, tchau.”

“Espera, volta aqui.”

Silêncio.


Algumas ações também bastam para explicar uma situação. Um beijo no rosto quando se espera uma boca. Um aperto de mão, um abraço, um adeus. Machucam tanto quanto palavras, porém são mais desconfortáveis que o silêncio. Um tapa, um soco, um olhar, uma tragada, seguir adiante. Tudo se resume a ações, diálogos, silêncio. Não nessa ordem, talvez.


“Adeus.”