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terça-feira, 11 de agosto de 2009

How Blue?

Entregue à poeira, eis a situação. Não só do blog, mas de várias outras coisas, especialmente repartições públicas e certos departamentos da UFSC. Mas isso não vem ao caso.

Sabe quando está sem chover na cidade há dias e o calor é infernal? Você vê aquelas nuvens pesadas de chuva no além-mar, perdidas no horizonte, mas elas nunca chegam para te salvar dos dias cálidos? Pois bem, a inspiração para escrever – que nunca foi muita, deve-se dizer – está assim também, perdida à deriva depois da rebentação, longe demais para ser tocada e resgatada.

Alguém certa vez disse que para ser um bom músico, mas acho que essa idéia engloba outros artistas, a primeira coisa necessária é estar triste, miserável, feelin’ blue, no fundo do poço e da garrafa. Sentado, desolado e alcoolizado, depois das três da manhã ao balcão de um bar vazio, sabe? Pelo menos essa é a minha idealização de feelin’ blue; alguns dirão que é sentar em um banco vazio de um parque, escutar country ou chorar na cama. Cada um sabe o jeito de amplificar ao máximo sua depressão, porém, segundo Charlie Brown, você nunca deve ficar ereto e olhar para cima.

Acho que preciso arranjar sarna para me coçar. Qualquer uma serve, mas não me venha com Sarcoptes scabiei.

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