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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quarta-feira

Hoje foi um dia banal. Sem ônibus e com filas gigantescas, fiquei trancafiado em casa. Cortando cebolas e tomates para o tatu - o corte bovino, não o animal - ensopado de minha mãe, fiquei com vontade de escrever. Enquanto a faca descia e subia talhando finas meias-luas de cebola e o cheiro sulfuroso irritava meus olhos, tentei pensar em alguma coisa para postar neste tão parado blog. Ai que me lembrei de um trecho de Machado de Assis, “Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor!”, Luis Fernando Veríssimo dizia algo semelhante, mas estou sem o livro aqui pra copiar a citação. Desculpem se não memorizo frases para jogar nos textos, não faço jornalismo.

Pois bem. Não está quente hoje. Também não está frio. Como diabos começar um texto com um tempo estranho desses? “Uh, parece que vai chover.” Isso não é conversa de elevador. Vamos tentar de outro jeito.

A pior coisa de uma greve de ônibus é que você fica com o dia livre. Geralmente isso é bom, dá para vadiar bastante, curtir o ócio, ir à casa de algum amigo e fazer qualquer coisa. O problema é que sem ônibus, não adianta matar aula. Você fica obrigado a permanecer em casa, olhando o Orkut, Messenger, Gmail ou televisão, na melhor hipótese você lê um livro ou estuda. A última não é uma “melhor hipótese”, mas está valendo.

Pois bem. Não fiz nada de útil hoje e minhas idéias para um texto decente não chegaram. Deu-me vontade de ligar para Rosa Cabarcas, simplesmente para dizer “É hoje!”. Mas não adianta, não tem ônibus para chegar lá.

2 comentários:

Capitu disse...

Tu disse exatamente o que eu (e muita gente) passamos, obrigada. Greve pé no saco. Dia eca.

Cacau disse...

ah, daniel, por que não foi desbravar o mundo atlântico?
EU IRIA.