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terça-feira, 25 de maio de 2010

Glossário-zinho-inho

O contato com os internos de uma penitenciária (para não dizer “presos”) é uma coisa única. Depois que cruzamos os  portões, o mundo fica de cabeça para baixo; tudo muda, a hierarquia, os hábitos e o vocabulário. O linguajar dos apenados (não vou dizer “presos”) tem as mesmas peculiaridades que qualquer vocabulário de qualquer “tribo” moderna tem. Algumas para não dar a entender a coisa errada – ou você acha que pedir um “rabo quente” não ia pegar mal?

Como várias pessoas gostam das gírias internas, ai vão algumas:

- Marrocos: pão

- Moca: café

- Vaquinha: leite

- Areia: açúcar

- Alpiste: arroz

- Rolamento/Jofer: feijão

- Macaca/Meia lua: banana

- RQ: rabo quente

- Semente: ovo (de semente de galinha, adoro essa)

- Granada: almôndega

- Zoiuda/Tela: televisão

- Papagaio: rádio

Sinto como se eu estivesse quebrando um código falando isso, então só vou ficar com esses. Quem sabe algum dia não afogamos o boi, arranjamos uma mulher de polícia assada, ou um caçador de Andrade do Design não é pego com o radinho andando por ai...

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