O contato com os internos de uma penitenciária (para não dizer “presos”) é uma coisa única. Depois que cruzamos os portões, o mundo fica de cabeça para baixo; tudo muda, a hierarquia, os hábitos e o vocabulário. O linguajar dos apenados (não vou dizer “presos”) tem as mesmas peculiaridades que qualquer vocabulário de qualquer “tribo” moderna tem. Algumas para não dar a entender a coisa errada – ou você acha que pedir um “rabo quente” não ia pegar mal?
Como várias pessoas gostam das gírias internas, ai vão algumas:
- Marrocos: pão
- Moca: café
- Vaquinha: leite
- Areia: açúcar
- Alpiste: arroz
- Rolamento/Jofer: feijão
- Macaca/Meia lua: banana
- RQ: rabo quente
- Semente: ovo (de semente de galinha, adoro essa)
- Granada: almôndega
- Zoiuda/Tela: televisão
- Papagaio: rádio
Sinto como se eu estivesse quebrando um código falando isso, então só vou ficar com esses. Quem sabe algum dia não afogamos o boi, arranjamos uma mulher de polícia assada, ou um caçador de Andrade do Design não é pego com o radinho andando por ai...
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