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domingo, 13 de setembro de 2009

É ficção, linda.

Talvez tenhamos que esperar alguns anos para nos reencontrar. Tudo bem, eu entendo. A gente se ama até lá. Me espera mesmo? Uhum. Ainda tens aquele gato cinza? Tenho, tenho você também. Me achas frágil? Eu tomo cuidado. Cuida de mim? Esquece aquele dia lá que eu disse que você tem que parar de cuidar mim, cuida? Nem digo isso só pra dizer que te preciso, é mais pelos anos que estão a frente e nos aguardam. Eu te aguardo. Você é lindo, eu amo você. Me fotografa, eu tiro a roupa pra você. Me deseja, eu deixo as vergonhas de lado agora. Olha pra mim. Pega os meus remédios, tá na hora de tomar. Marca minha terapia. Te levo na depilação. Não vou achar alguém tão culto, especial e bonito assim além de você. Ri alto pra mim, me deixa desesperada enquanto estou longe de ti.
Me faz te desejar a cada segundo como se te desejar fosse resolver todos meus problemas, me faz acreditar nisso. Faz parte do meu drama, encena comigo a nossa morte, desesperados, loucos. Fica bêbado comigo pela noite, faz sexo comigo. Me deixa estarrada na cama enquanto buscas o isqueiro, depois de fazermos sexo. Deseja o meu sexo, sem precedentes. Deseja meus seios, põe a boca neles. Deseja minhas mãos, passa elas pelo teu corpo. Me passa pelo teu corpo. Faz amor comigo ainda de roupa, só abre o zíper. Fala bastante depois disso tudo, pois não canso de te ouvir falar. Ri comigo sob o lençol, só com a luzinha no canto acesa, aquele abajur no canto do quarto. Não me deixa. Não te deixo. Me espera? Espero. Te amo. Eu também.

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