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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ócio

Antes de ler esse texto, é bom engolir os outros 25 textos sentimentais que postei este ano, ver quantas marcações saudade, amor, vida e viagem estão neles, um pouco pela proposta de escrever textos melosos, um muito pelo que vou contar. Na verdade as marcações podiam ser só como ócio, que está em três textos, todos do kaxopa.

Ultimamente criei mil e uma teses sobre como os homens chegam em mulheres só por amizade e se se - odeio repetir o se se, mas o sono é grande - apaixonam por mulheres fracas, se o que elas procuram é poder mesmo. Afinal, teorias que nascem do ócio. A saudade da família, do meu pai, dos meus irmãos, do cheiro de europa, da copa argentina, do suco de uva de caxias, da minha gata pantufa, tudo, e quando digo tudo é TUDINHO, é fruto do nada.

Fruto talvez não seja a palavra certa – mesmo que o cazuza diga “tem o certo, o errado e todo o resto” - já que me lembra maçã, que lembra pecado e aquele papo adão e eva, que lembra putaria, que lembra american pie, que lembra cinema e, finalmente, crepúsculo. Essa linha de pensamento, como a inutilidade que eu escrevi agora, é o caminho do NÃO FAZER NADA. O fazer algo, mesmo que algo seja ligado a nada, como ler o livro da bruna surfistinha em um sábado a noite, revela um não pensar besteira e ser menos sentimentalóide – discuti a semântica recentemente e achei interessante; tese número um exposta no blog: A linha entre o brega e o meigo é tênue. Só pessoas muito inteligentes conseguem ser fofas de fato, caso não consigam, ficam entre o brega e o meigo: o sentimentalóide. Mas, voltando ao assunto vadiagem, no bom sentido da palavra, ele é a causa de 80% dos problemas emocionais que o nosso psicológico cria, exceto as pessoas estupradas, com parentes assassinados, filhos perdidos e muito, mas MUITO feias. O caso é que precisamos fazer coisas. Ponto. Cansei do papo e das teses – essas eu não vou pontuar aqui – o que acontece comigo? Como saio dessa? A resposta é simples: é só esvaziar os espaços em branco até notar que deus, ou quem quer que seja, decida que você merece pensar besteira sem acabar com a sua vida. Radical? É, eu tô com as botas pesadas.

Próximo post eu explico a história das botas pesadas, mas agora vou fazer uma besteira.



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