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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ei, você mesmo!

A parte feminina do blog, quase sempre, claro, está em greve. Não daqui, mas da vida. Quem me conhece sabe que faço coisas e reclamo na mesma intensidade que as executo. Mas ninguém me conhece como o homeageado(a). E não vou dizer o nome, quero dar a chance de ele(a) se descobrir no texto.

Bom, pela segunda vez um texto direcionado e, para os curiosos de plantão, o primeiro foi o “Sem título para ele” em abril. Depois do Pedro, meu grande amigo do colégio, poucas foram as pessoas que guardei. Como diria o poeta Pedro Bial “entenda que amigos vem e vão, mas nunca abra mão de uns poucos e bons”e, por mais brega que seja, é verdade. Porém, nada como redimir-se com a parte dos poucos e bons, preenchida quase integralmente pela Thata, que sempre o fez com muita competência e lembrada por aqui.

O problema (ou não) é que preciso de um homem-amigo. Voltando a falar de mim, e agora todos já sabem que sou particularmente egocêntrica (não egoísta, ok), tenho um lado muito homem. Sem explicar essa parte, que mesmo máscula é charmosa, eu a escondo a sete chaves, só mostrando em horas de extrema carência com todo um contexto envolvente, mais uma série de circunstâncias, mais uma série de nhenhenhês.

Não é pra ficar com medo. Duas cabeças acabaram me fuçando por completo e, pode acreditar, continuam me amando, acho. Uma delas é a que eu não posso pronunciar, senão o charme do texto (que quase não existe) vai sumir. Essa minha parte cruel foi aberta, pra não usar a palavra “esgaçada”, com pequenos papos, que logo viraram médios e, em sequência, longos, na sacada, ou com vinho, ou com cerveja, ou com cigarro, ou com os três.

Nem sempre na sacada, esses momentos aconteciam em qualquer chão entre os bairros trindade, pantanal, serrinha, carvoeira e córrego. Se quiser saber onde era o nosso esconderijo, vá até a maior concentração de filtros de cigarro no chão e, pronto!, descobriu nosso lugarzinho. A distância me fez parar de fumar, além do meu pulmão gritando “meu deus, me ajuda” e da falta de dinheiro, claro, que é quase sempre o que faz o ser humano mudar. E eu não estou generalizando.

Sinto é muita falta de me irritar com alguém invadindo a minha mania de independência. Aquele ronco noturno que me acordava, mesmo eu colocando o colchão no quarto ao lado, sim, até daquele barulho péssimo eu sinto falta. O fato é que amizades vem e vão, mas o meu tempo é curto. E, como sou egocêntrica, e óbvio, eu contei isso por algum motivo, eu prefiro guardar os meus segundinhos livres ou para sexo, ou para necessidades fisiológicas, ou para escrever nisso aqui. Nunca os três ao mesmo tempo, claro.

Tenho que dizer que todos os filmes, todas as músicas, todos os cigarros foram fodas com ele(a). As voltas de carro, os tchauzinhos no vidro, os carinhos inesperados, os choros de bêbada, os tapas, as grosserias, os churrascos, os vinhos, os roncos, as risadas, os R.U.s, os bafões que não eram seus, os bafões que não eram meus, as dicas de redação, as conversas de 5 min, as conversas de 3 horas, os bares, a cantina, as briguinhas de ex, as briguinhas de atuais, os segredos, os abraços, os cafés de manhã. A nossa amizade. Tudo isso e, especialmente o último tópico que agrupa o todo, é indiscutivelmente adorável. E, especialmente esse último tópico, guardo no coração. Como ele(a) sabe, meu coração muitas vezes é de pedra, mas hoje e sempre, por ele(a), é um coração que ama o seu amigo.

2 comentários:

Luisa Nucada disse...

ai amiga, que ciúme...
faz um post pra mim também!
:(

Daniel disse...

filha da puta! xD